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quarta-feira, abril 24, 2024
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Testemunha viu fugitivos de Mossoró sujos e comendo banana

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Uma mulher, moradora da região de Vila Nova II, zona rural de Baraúna, no Rio Grande do Norte, afirmou ter visto os fugitivos da Penitenciária Federal de Mossoró com as roupas sujas e comendo banana em uma plantação. O encontro inesperado ocorreu na noite dessa quinta-feira (29/2). Conforme a coluna mostrou, o policiamento foi reforçado no local.

Assustada, a mulher, que estava com crianças, gritou por socorro. Em seguida, os criminosos correram para o matagal e não foram mais localizados. As buscas por Deibson Cabral Nascimento e Rogério da Silva Mendonça (ambos na foto em destaque) chegam ao 19º dia neste domingo (3/3).

Perdidos
Fugindo de um forte aparato policial, os criminosos parecem estar perdidos. Rastros apontam que a dupla estava perto da divisa do Rio Grande do Norte com o Ceará quando passou a retornar, por cerca de 8 km, em direção à Penitenciária Federal de Mossoró, onde estava presa.

Os criminosos passaram cerca de oito dias escondidos em uma casa localizada em área isolada, em Três Veredas, a cerca de 10 km do centro de Baraúna. Contudo, em vez de se afastar, seguiram no caminho inverso, sentido penitenciária, na região de Riacho Grande.

A dupla foi vista pela última vez em uma plantação de bananas e milho. O local é próximo à Reserva Nacional da Furna Feia, onde integrantes da força-tarefa estão concentrados. A área foi completamente cercada.

O território é rico em cavernas e também conta com diversas propriedades que cultivam frutas e legumes. Veículos de passeio e de transporte de cargas são vistoriados minuciosamente por policiais em todas as entradas e saídas dos povoados.

Comparsas presos
Um homem que não teve a identidade revelada acabou preso na quinta-feira (29/2), em Fortaleza (CE), sob suspeita de ajudar os dois presidiários fugitivos. No total, seis pessoas foram detidas desde o início das buscas.

Segundo os investigadores, o homem seria “parceiro forte” dos fugitivos. A polícia ainda suspeita que haja mais pessoas ajudando os presidiários na fuga.

Entre os seis detidos por ajudarem os criminosos, dois deles acabaram presos em flagrante com drogas e armas. Um terceiro tinha mandado de prisão em seu nome e foi detido pela Polícia Federal em Quixabeirinha, em Mossoró.

Os fugitivos ficaram escondidos por oito dias no terreno do mecânico Ronaildo da Silva Fernandes, 38 anos. Segundo os investigadores, ele recebeu R$ 5 mil para que os criminosos se escondessem no local. Ronaildo foi preso na última segunda-feira (27/2).

Um irmão de um dos fugitivos também está detido. Ele tinha condenação por roubo e participação em organização criminosa. Além disso, o homem estava com mandado de prisão em aberto.

Buscas

Cerca de 600 policiais, incluindo 100 integrantes da Força Nacional, estão envolvidos na operação de procura dos fugitivos. Drones e helicópteros também são utilizados nas buscas.


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De acordo com a população, a polícia faz visitas domiciliares e espalha cartazes com imagens dos fugitivos, acompanhadas de números de ligação para denúncias.

A polícia oferece recompensa de R$ 15 mil para quem fornecer informações precisas sobre o paradeiro dos criminosos.

Restaurante do DF instala câmera em banheiro para vigiar funcionários

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Ex-funcionários do restaurante Lifebox, da unidade do Lago Sul, em frente à Ponte JK, denunciam que os gerentes da unidade instalaram uma câmera de segurança no banheiro para, supostamente, vigiar o horário de descanso dos trabalhadores.

A queixa foi formalizada e protocolada no Ministério Público do Trabalho (MPT), que investiga o caso. Ao Metrópoles, um grupo contou que a alimentação servida aos garçons e cozinheiros da franquia era de péssima qualidade, muitas vezes com carne crua ou misturas como arroz e salsicha.

Diante da escassez nutricional da comida fornecida, muitos deles admitiram que complementavam o almoço ou jantar com restos de lanches deixados por clientes nas mesas. As denúncias se referem apenas à unidade do Lago Sul. Não há registro de queixas parecidas em outras lojas do Lifebox espalhadas pelo DF.

Irritados com a prática dos subordinados, os gerentes decidiram, então, colocar uma câmera no banheiro dos trabalhadores, que é usado por mulheres e homens. Eles ainda teriam trancado o sanitário no horário do expediente para supostamente evitar que os subalternos descansassem fora do período estabelecido.

Veja:


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Má-alimentação

Um ex-funcionário, que preferiu não se identificar, trabalhou como cumim (auxiliar de garçom), e contou como era a rotina do almoço e janta servidos pela filial do Lago Sul. “Nós não tínhamos hora de descanso para comer. Nosso tempo destinado a alimentação era apenas no horário de chegada, e esse também era o intervalo de descanso. O restante do dia era todo destinado ao trabalho”, contou.

“Então, se um funcionário chegasse atrasado, ele não teria direito a alimentação e passava o dia inteiro sem comer, apenas trabalhando”, acrescentou. Além das poucas horas de descanso, pratos como estrogonofe de salsicha, carne crua e até ovo com mosca no alface eram entregues aos colaboradores.

Outro denunciante, que trabalhou como garçom na empresa, contou que, em outro dia, o almoço servido foi apenas um ovo frito. “Tive de tirar do meu bolso e comprar batata para acompanhar, se não era só ovo”.

Com alimentos muitas vezes intragáveis, os colaboradores, então, recorriam a restos de carnes e batatas que eram dispensados por frequentadores da loja. Muitas vezes esses alimentos eram consumidos no banheiro do restaurante.

Veja:


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Danos físicos

Além da suposta má-qualidade na alimentação, os ex-funcionários relatam que não eram liberados a exercer suas funções utilizando o elevador da loja. Um deles relatou ter tido problemas na coluna. “Tinha de subir e descer escada com os pratos todo dia e hoje tenho escoliose por conta do trabalho”, contou o cumim.

Outro ex-funcionário conta que o assédio moral sofrido diariamente lhe causou problemas físicos e mentais, como ansiedade e depressão. “Cheguei a adoecer trabalhando lá, entrei em depressão seríssima de tanta ansiedade que eu tinha. Abriram rombos nas minhas mãos de tanto trabalho”.

Veja:


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A equipe do Metrópoles procurou o restaurante Lifebox no Lago Sul. Por meio de nota, o restaurante se pronunciou. Leia o comunicado:

“Em relação às denúncias apresentadas, gostaríamos de esclarecer que nossa empresa possui políticas rigorosas contra qualquer forma de assédio, e promovemos uma cultura de respeito e colaboração entre todos os membros da equipe. Não há registros de casos de assédio moral por parte de nossos gerentes, e incentivamos nossos funcionários a comunicarem quaisquer preocupações para que possamos investigar e resolver imediatamente.

Quanto às horas de descanso, garantimos que todos os funcionários têm direito a intervalos regulares, conforme estabelecido pelas leis trabalhistas e nossa política interna.

Em relação à instalação de câmeras, gostaríamos de esclarecer que nunca foi instalada nenhuma câmera no banheiro dos funcionários. As câmeras de segurança estão estrategicamente posicionadas apenas em áreas comuns, como corredores e locais de preparo de alimentos, visando garantir a segurança de todos os presentes. Não há exposição da intimidade dos funcionários.

Quanto à comida oferecida aos funcionários, gostaríamos de enfatizar que todos os nossos colaboradores recebem refeições de qualidade, preparadas com os mesmos padrões e ingredientes frescos utilizados em nossos pratos servidos aos clientes.”

Deputado leva calote, tem carro banhado de lama e caso acaba na PCDF

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O deputado federal pelo Paraná Luciano Alves (PSD) diz ter sido vítima de um calote, após pagar pelo serviço de instalação de um aparelho de som no carro dele, na Feira dos Importados, no Setor de Indústria e Abastecimento (SIA). A confusão envolvendo o parlamentar e o responsável pelo serviço acabou na 5ª Delegacia de Polícia (Área Central), na tarde deste sábado (2/3).

A coluna Na Mira apurou que houve um tumulto na feira e a Polícia Militar do DF precisou ser acionada. Todos os envolvidos acabaram na delegacia, onde registraram boletim de ocorrência.

Aos policiais, o deputado relatou que procurou o técnico de som no início de fevereiro para instalar um novo equipamento de som no veículo dele. Porém, o homem identificado, apenas como Mateus, teria sumido por dois dias com o carro do parlamentar.

“Ele me passou um número de telefone que não existia. Só consegui localizar meu carro após entrar em contato com o pai dele, que me falou que o filho tinha problemas psicológicos. Meu veículo foi encontrado no Recanto das Emas, todo sujo de lama e batido”, contou Luciano.

Imagens feitas pelo assessor do deputado mostram o estado em que a caminhonete foi encontrada. Veja:

 

Luciano alega ter pago mais de R$ 2 mil pelo serviço de som. No entanto, recebeu o carro sem o alto falante. “Ele desmontou a caixa de som, alto falante, tudo. Depois descobri que ele tinha vendido esses equipamentos”, disse.

Nesse sábado, o deputado foi atrás do técnico na feira, na intenção de tentar reaver o resto dos equipamentos. “Dei algumas voltas pelo local em busca dele até descobrir que ele não é funcionário fichado de nenhuma das lojas, apenas faz bicos. E ele me confirmou que tinha vendido tudo”.

O congressista, então, comunicou que iria à delegacia registrar um boletim de ocorrência contra o técnico. “Nesse momento, ele ligou para a Polícia Militar e disse que eu estava drogado e com um revólver, ameaçando ele. Mas não teve ameaça da minha parte”, defende-se.

A Polícia Militar do DF foi acionada e encaminhou Luciano e o feirante para a delegacia.

Todavia, em depoimento à polícia, o feirante Mateus alegou que Luciano não teria pago o serviço de instalação de som. Por conta disso, ele teria devolvido o som para a fornecedora do equipamento e entregou o carro de volta para o parlamentar.

Neste sábado, o homem disse ter sido surpreendido com o deputado na loja em que ele trabalhava. Segundo ele, Luciano estava alterado e teria o ameaçado com uma arma.

O caso é investigado pela Polícia Civil do DF. O deputado registrou uma ocorrência por apropriação indébita após prejuízo de R$ 10 mil. Já o técnico, denunciou Luciano por ameaça.

A reportagem tentou contato com Mateus para ouvir diretamente dele a versão dos fatos. O espaço segue aberto para futuras manifestações.

Marido de maquiadora baleada por sargento faz relato chocante. Ouça

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Era para ser um fim de semana relaxante. Três casais de amigos estiveram na Chapada dos Veadeiros nos últimos dias de janeiro para aproveitar o tempo livre e comemorar que um deles havia pedido a namorada em casamento.

Após passar o dia em uma cachoeira, eles se dirigiram a um barzinho na região, onde tomaram cerveja e ouviram música ao vivo. Esses foram os últimos momentos de tranquilidade para a maquiadora Jully da Gama Carvalho e o marido Jairo Soares. Pela primeira vez, Jairo narrou os momentos perturbadores daquela noite.

Ouça o depoimento inédito:

Naquela noite, um desentendimento com o segundo-sargento do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) Andrey Suanno Butkewitsch resultou em uma briga no estabelecimento. Os sons das risadas e da música foram substituídos, na memória da família, pelo estrondo de quatro disparos contra o carro.

Incialmente, eles não sabiam que a bala tinha alvejado Jully. O marido estava dirigindo e acelerou o carro para escapar da mira do bombeiro. “Minha esposa estava sussurrando, com os olhos fechados. Achei que estivesse orando”, lembrou Jairo.


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Quando chegaram ao local em que estavam hospedados, Jairo carregou Jully nos braços até o sofá. “Pensei que estava tendo uma crise, estivesse em choque. Eu ficava repetido ‘calma, amor’”, detalhou Jairo.

Ao mesmo instante, o irmão percebeu que estava com a perna ensanguentada, mas não tinha sido atingido. Ele estava no banco de passageiro, atrás de Jully.

“Eu olhei a cabeça dela que estava no meu ombro e vi que estava aberta. Ali foi uma sequência de gritos, socorro e clamor para Deus”, comentou. “Colocamos de volta no carro, meu irmão dirigindo [a caminho do hospital] e eu com ela, fui percebendo que ela foi perdendo a pulsação”.

Do hospital de Cavalcante, ela foi encaminhada ao Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF), onde fez a primeira cirurgia para remover fragmentos de estilhaços que ficaram alojados no cérebro.

Maquiadora baleada na cabeça por bombeiro do DF: “Choro toda noite”

“Ela teve perda de função motora do lado direito, perda de olfato, de paladar; a visão dela também ficou turva e apresenta crises de esquecimento, especialmente da memória recente”, disse.

Após a cirurgia, Jully demorou três dias para voltar a falar e, quando conseguia, só dizia cerca de duas palavras e já sentia dor. “Uma noite que nunca vou esquecer e é algo que não desejo nem para o próprio Andrey: ver a pessoa que você ama gritando no hospital que tem algo rasgando o cérebro”.

Família dilacerada 

A violência causada por Andrey dilacerou uma família. Apegados ao que poderia ter acontecido, cada um presente naquela noite pensa em uma teoria para mudar o triste desfecho da noite. “Eu penso que se não tivesse caído na provocação do bombeiro, que se tivesse saído mais rápido, podia ser diferente”, contou Jairo.

O irmão dele pensa que se tivesse ficado em pé poderia ter recebido o tiro no lugar de Jully. A cunhada lamenta que deu a ideia de ir para a Chapada. “Além dela, os meus filhos, meus irmãos, minhas cunhadas, minha mãe e minha sogra também estão extremamente abalados”, relatou.

“Meus filhos mesmo só ficaram sabendo depois. Eu precisei ter coragem para contar, porque, até então, só sabiam que ‘mamãe’ estava no hospital. Meu irmão que estava no carro tem crise de pânico, não consegue ouvir um escapamento de moto que tem um surto”.

Perda de emprego

O crime por si só já seria uma tragédia, mas dois dias após a violência sofrida, a família de Jully teve que lidar com outro baque. Jairo foi demitido do emprego de corretor de seguros. Ele era contratado como Microeemprendedor Individual (MEI) e, com a demissão, não teve direito a FGTS, férias nem mesmo o aviso prévio.

“É algo que não desejo nem mesmo para esse covarde que atirou nela: ver a pessoa que você ama todos os dias com dor e não saber o que colocar no prato dos seus filhos”, declarou Jairo. O casal tem três filhos pequenos, que também tiveram a vida abalada.

A família saiu do apartamento em que moravam de aluguel para morar com parentes e tenta conseguir recursos para ajudar no tratamento da maquiadora e nos custos de vida. Até o momento, eles não receberam um centavo sequer do agressor, Andrey Suanno Butkewitsch, que está preso.

Jully está no Hospital de Base se recuperando da segunda cirurgia e deve ser encaminhada para o Hospital de Apoio, para receber o acompanhamento de fisioterapia.

Como ajudar

A família montou uma vaquinha on-line para arrecadar os valores. A plataforma cobra uma taxa de 6,4% do total bruto arrecadado e R$ 0,50 por cada transação feita.

Desta forma, quem preferir ajudar diretamente para família pode fazer via Pix para o CPF de Jully, com a sequência 039.156.331-94.

Outro meio de ajudar é com apoio profissional de saúde, assim que Jully sair dos hospitais. “Sabemos que vai ser uma reabilitação longa”, destacou Jairo.

O marido disse, ainda, que quem não puder contribuir financeiramente pode ajudar Jully seguindo nas redes sociais. O perfil dela é jullycarvalh_ no Instagram.

“Isso vai ajudar o trabalho dela quando se recuperar e vai motivá-la a seguir com seu trabalho”, completou Jairo.

Diariamente, Jairo publica notícias sobre a saúde e a recuperação de Jully pela página nas redes sociais.

Bombeiro é indiciado pela PCGO

A Polícia Civil de Goiás (PCGO) indiciou Andrey Suanno Butkewitsch. Em um vídeo, é possível ver o momento em que as agressões começam, por volta de 0h47. Conforme as imagens, dois homens se estranham e trocam socos, e outras pessoas acabam se envolvendo na briga.

Veja o vídeo:

A situação fica fora de controle, e alguns dos envolvidos deixam o local, seguindo em direção a um carro. Nesse momento, conforme flagrou uma segunda câmera de segurança, o militar sacou uma arma e atirou contra o veículo. O projétil atingiu a cabeça da maquiadora.

De acordo com as gravações, após efetuar o disparo, o militar retorna com a arma para o bar. Um outro vídeo mostra o momento em que ele coloca a pistola em um balcão do comércio, mostra um documento a um funcionário do local e depois se retira.

GSI

Quando atirou na maquiadora, Andrey estava lotado na Presidência da República e também fazia parte do Gabinete de Segurança Institucional (GSI). Segundo consta no Portal da Transparência, o militar atuava desde 2019 no órgão do governo federal responsável pela segurança do presidente da República.

A Corregedoria do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) informou, em nota, que apura o “suposto envolvimento de um militar da corporação”.

“Informamos que os fatos estão sendo apurados e, se confirmada autoria e materialidade, a Corregedoria irá adotar as providências internas que o caso requer. Reiteramos ainda que o CBMDF não compactua com condutas delituosas de qualquer natureza e primamos pela conduta ilibada e exemplar da tropa, que são pautadas pelos regulamentos e pilares que norteiam a Corporação”, disse o CBMDF.

Lago Sul: homem suspeito de matar cães com bolinhos de veneno vira réu

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Bolinhos de carne envenenados mataram cães no Lago Sul em 2020. Após investigação da 10ª Delegacia de Polícia (Lago Sul), o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) denunciou Michel Cloutier, de 70 anos, como o suposto responsável pelas mortes. A Justiça aceitou a denúncia, mas a defesa do réu nega os crimes.


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O Metrópoles noticiou o envenenamento dos animais na região à época. Segundo a denúncia apresentada pela 4ª Promotoria de Justiça de Defesa do Meio Ambiente e Patrimônio Cultural (Prodema), o acusado, por mais de três vezes, provocou o envenenamento de animais com uma substância usada para matar ratos.

De acordo com o MPDFT, pelo menos dois cães teriam sido mortos pelos bolinhos envenenados. Um gato também ingeriu a substância, mas conseguiu sobreviver após tratamento. As investigações apontaram que Cloutier teria o hábito de colocar os bolinhas de carne recheados com veneno nas frestas dos muros dos imóveis.

Cães e gatos seriam atraídos pelo cheiro da carne. Bolos de carne foram recolhidos e analisados pela perícia do Instituto de Criminalística (IC). As bolinhas de carne marrom tinham pontos rosados. Peritos encontraram mromadiolona e indandionas, dois raticidas anticoagulantes que podem levar à morte.

Além disso, o Laboratório de Patologia Veterinária da Universidade de Brasília (UnB) avaliou as condições de um dos cães mortos e constatou a suspeita de intoxicação por imidacloprid, um tipo de inseticida. Segundo a Prodema, o acusado teria cometido pelo menos três vezes o crime de maus-tratos de forma cruel e dolorosa.

Perdas

Em novembro de 2022, moradores do Lago Sul registraram ocorrência na 10ª DP depois que três cachorros da QL 24 morreram. Os residentes encontraram bolinhos de carne com veneno na porta de uma das casas e acreditam que a morte dos animais foi intencional.

Duas cachorras shih-tzu, chamadas Channel e Lucie, filha e mãe, morreram na mesma semana. Uma dobberman, chamada Cissa, também faleceu. Outra cadela da mesma raça, conhecida como Kyra, sobreviveu após passar muito mal. Mas ficou com limitações de movimento, como se estivesse com as raízes nervosas comprometidas.

Outro lado

Por nota, o advogado Paulo Roberto de Matos Júnior, responsável pela defesa de Cloutier, negou os supostos crimes. Na leitura do defensor, a peça acusatória é genérica e não apresenta provas cabais.
“O veneno encontrado foi no meio da rua, sendo que qualquer pessoa poderia ter jogado”, argumentou a defesa. Paulo Robertou afiançou que provará a inocência de seu cliente.
Leia a nota na íntegra:
“O senhor MICHEL CLOUTIER, vem através dessa nota informar que: O Ilustríssimo Ministério Público de Distrito Federal e Territórios e Delegado de Polícia Civil do Distrito Federal não informou em sua denúncia, ou em seu relatório final da PCDF o local em que o réu adquiriu tal veneno sem trazer qualquer informação do fornecedor do veneno, fazendo apenas acusações que o senhor Michel teria colocado tal veneno e matou animais de estimações.
A peça acusatória foi extremamente genérica. Os fatos devem ser individualizados e com características sólidas do ocorrido. Fato é que de forma leviana instaurou-se o presente processo, desprovido de provas cabais a demonstrar a gravidade do ato, consubstanciadas unicamente em indícios que maculam a imagem do meu cliente. Com base nas declarações e provas documentais acostadas ao presente processo, é perfeitamente possível verificar a ausência de qualquer evidência que confirme as alegações do denunciante, impossível o senhor MICHEL TENHA MATADO TAIS ANIMAIS, um verdadeiro absurdo o Ilustríssimo MPDFT chegar nessa conclusão sem prova alguma, observe que o veneno encontrado foi no meio da rua, sendo que qualquer pessoa poderia ter jogado o veneno na rua. O senhor MICHEL residia neste endereço aproximadamente por 15 anos e jamais sofreu qualquer denúncia de qualquer espécie, muito pelo contrário todos os funcionários e vizinhos alegam que ele e uma pessoa integra, de princípios. Iremos provar sua inocência nos autos, já foi marcada audiência de instrução e julgamento, arrolamos testemunhas e acreditamos na justiça“.

Ansiedade ou depressão afastaram 3 trabalhadores por dia no DF em 2023

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Ansiedade e depressão foram as maiores causas de afastamentos do trabalho registrados no Distrito Federal nos últimos anos. Em média, no ano passado, houve três afastamentos por dia devido a esses episódios.

De acordo com dados do Ministério da Previdência Social, em 2022 e 2023, pelo menos 859 e 1.244 trabalhadores do DF, respectivamente, foram afastados das funções por causa de doenças mentais.

De acordo com as regras vigentes atualmente, se o trabalhador for diagnosticado com depressão, o médico responsável pelo paciente pode recomendar o afastamento do trabalho para tratamento.

Caso o atestado médico for válido por menos de 15 dias, não é necessário acionar o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), e o pagamento do salário continua sendo responsabilidade do empregador.

Em relação à ansiedade, a regra é a mesma, e, se o trabalhador precisar ser aposentado por causa do transtorno, ele é classificado como inválido.

Falta de tratamento

Para o presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), Antônio Geraldo da Silva, o adoecimento dos trabalhadores é algo que cresce a cada ano. Segundo ele, o afastamento é justificável, uma vez que as pessoas precisam de tempo para terem uma melhora do quadro depressivo ou de ansiedade.

“Justifica e muito porque, paralelamente a isso, estamos vendo um número enorme de pessoas que estão se suicidando. E são pessoas que muitas vezes não têm acesso ao tratamento de algum transtorno. E se não tem acesso, como vão melhorar?”, questiona.

Ele explica que a depressão, quando moderada ou grave, pode se tornar um incapacitante para que a pessoa siga uma rotina no dia a dia. E a ansiedade, também.

“A pessoa precisa de acompanhamento e tratamento. Transtorno de pânico, Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC) são alguns exemplos de transtornos que se enquadram na ampla classificação da ansiedade e que atrapalham a execução das atividades do dia a dia”.

Servidores públicos

Os servidores públicos também sofrem com o adoecimento mental. Em 2023, o Metrópoles mostrou que, nos primeiros quatro meses do ano, mais de 10,3 mil servidores da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) precisaram de atestados de afastamento do trabalho. Grande parte desses servidores eram técnicos em enfermagem.

Na época, os técnicos em enfermagem correspondiam a 38,35% dos servidores afastados do trabalho por questões de saúde nos primeiros 4 meses de 2023 — equivalente a 3.985 profissionais.

Em um ano, 2 mil atestados de servidores foram negados após perícias

Já em relação aos servidores da Educação, mais de 5.178 funcionários precisaram de atestados médicos. Desses, 26,31% ausentaram-se do trabalho para cuidar de transtornos mentais, e 84,4% eram professores.

Doenças laborais

Em novembro do ano passado, a Lista de Doenças relacionadas ao Trabalho (LDRT) foi atualizada pelo Ministério da Saúde. De 182 patologias, a lista passou a contar com 347 condições, incluindo burnout, depressão, ansiedade, abuso de drogas e tentativas de suicídio.


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A dor de famílias que buscam por parentes desaparecidos há anos no DF

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Entre janeiro e dezembro de 2023, o Distrito Federal registrou o desaparecimento de 2.528 pessoas. De acordo com o relatório divulgado pela Secretaria de Segurança Pública, em 85% desses casos o indivíduo foi localizado. Porém, para algumas famílias cujos entes queridos sumiram há mais tempo a angústia de não saber o paradeiro deles já dura mais de 20 anos.

O DF é a única Unidade da Federação que vincula o registro de desaparecimento ao de localização no próprio boletim de ocorrência. Em outras palavras, quando uma pessoa é encontrada, seu registro de desaparecimento é retirado da base e adentra, apenas, nas estatísticas de localização. Dessa forma, a Polícia Civil sabe exatamente quem continua desaparecido na capital.

O Laboratório de Representação Facial Humana do Instituto de Identificação da PCDF desenvolve o trabalho de progressão de idade, que é uma técnica cujo o resultado tem a intenção de demonstrar como seria a aparência atual de uma pessoa após um grande período de seu desaparecimento.

No banco de dados disponibilizado pelo laboratório, existem 19 pessoas sumidas há, pelo menos, 7 anos. Desses, o desaparecimento mais antigo foi registrado em 1995, e o mais recente sem solução é de 2016.

Veja lista com as 19 pessoas desaparecidas há mais tempo no DF que são acompanhados pelo laboratório:


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A dor e a angústia de famílias que aguardam há anos por notícias de um parente desaparecido são indescritíveis. A incerteza do que aconteceu com o ente querido, a esperança de um reencontro e a falta de respostas têm um impacto profundo na vida dessas famílias. O tempo que passa só aumenta a sensação de vazio e a saudade. A busca incessante por notícias ou pistas pode se tornar uma luta diária.

Para os parentes de Ranara Lorrane Alves de Melo, a espera já dura mais de 22 anos. A menina desapareceu em novembro de 2001, aos 10 anos, no Recanto da Emas. Ela saiu da casa da mãe biológica, com destino à residência do pai adotivo, em Taguatinga, mas nunca chegou ao local. Apesar do tempo, os parentes mantêm as esperanças e acreditam que, um dia, ela possa aparecer.

“Meu tio criou ela desde os seis meses de vida, porque a mãe biológica não tinha condições. Mas, mesmo assim, ele sempre fez questão de que Ranara tivesse vínculo com ela. Então, todo fim de semana, a mãezinha ficava com ela e a deixava de volta na casa do meu tio no fim da tarde de domingo”, conta Marielly Neivas, 37 anos, prima de menina.

Do dia do desaparecimento, a mulher falou para a filha que ela podia pegar um ônibus e voltar para a casa do pai adotivo sozinha. “No caminho, ela passou em uma vendinha onde comprou algumas balinhas e depois disso ninguém mais a viu. Ela sumiu que nem fumaça, e aí que começou nosso terror”, diz a prima, que é assistente comercial. 

Confira a entrevista: 

Marielly acredita que a prima sofria algum tipo de abuso na casa da mãe biológica, por isso pode ter decidido fugir. “A gente acredita muito que ela esteja viva, mas também que ela sumiu por conta própria, para não precisar voltar para esse local onde ela sempre falava que não queria ir aos fins de semana. Ela era muito esperta”, afirma. 

De acordo com a assistente comercial, o desaparecimento de Ranara é uma cicatriz que a família  sempre vai carregar.

Hoje, meu tio é depressivo. Pouco tempo depois dela, ele perdeu outro filho. É um assunto bem delicado. Mas a família ainda tem esperança que algum dia ela vai entrar em contato. Meu tio, inclusive, nunca deixou trocar o telefone da loja dele, que é o único número que ela sabia decorado. Por muito tempo, ele até relutou de mudar de casa, achando que ela poderia aparecer”, lamenta. 

Ao longo dos anos, a família chegou a receber denúncias de que a menina teria sido vista em um local de prostituição infantil no Rio de Janeiro, mas a suspeita não se confirmou. Em busca de respostas, os parentes também buscaram centros espíritas.

“É muito surreal. Nos três centros espíritas que fomos, falaram que viam a Ranara em uma região montanhosa, cidade pequena, como se ela tivesse ido pro lado de Minas Gerais, sabe? Viram ela bem casada, já com o filho… A gente torce para que essa seja verdade”, pondera Marielly.


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O que aconteceu com Luiz Alberto?

A aposentada Zuleide de Carvalho, 58 anos, nunca desistiu de reencontrar o filho, desaparecido desde 2005. Luiz Alberto Carvalho dos Santos tinha 13 anos quando foi visto pela última vez, na região do Riacho Fundo.

Na época, a mulher, que trabalhava como diarista, descobriu que o adolescente tinha começado a usar drogas e já não queria frequentar a escola. “Eu fiz o que pude para que ele saísse do mundo das drogas, mas chegou um ponto que eu não consegui controlar mais. Certo dia, ele saiu de casa e nunca mais voltou”, relembra.

Sem qualquer despedida, Zuleide entrou em uma busca interminável pelo filho caçula. “Eu fui em tudo que era lugar atrás dele. Até em algumas cidades goianas. Depois de um tempo, entrei em depressão, tentei me matar. Acordava no meio da noite achando que ele tinha voltado. Eu via ele no rosto das pessoas na rua. Até hoje é uma dor o desaparecimento do Luiz”, diz. 

Mesmo despois de 18 anos sem notícias de Luiz, a mulher não perde a esperança de vê-lo novamente, nem deixa que a família se esqueça dele. Zuleide também sempre permaneceu no mesmo endereço onde mora e imagina que o filho saiba onde encontrá-la.

“Para mim, ele tá vivo. Em algum lugar. A maior dificuldade é que ele não tinha documento de identidade, não tem nenhum registro. Eu vou contando aos netos e bisnetos, mostrando foto, para que eles saibam do Luiz. Antigamente eu chorava muito por causa do desaparecimento, mas hoje eu já consigo falar sobre”, comenta.

Progressão de idade dos desaparecidos

O Laboratório de Representação Facial Humana do Instituto de Identificação da Polícia Civil do Distrito Federal desenvolve o trabalho de progressão de idade após longo período de desaparecimento de uma pessoa. A técnica de crescimento e envelhecimento facial é aplicada em imagens de pessoas que tenham desaparecido há pelo menos três anos, quando se tratar de crianças, ou há cinco anos, quando os desaparecidos forem adolescentes ou adultos.

Ao Metrópoles o chefe do laboratório, Vitor Zago, ressaltou que a progressão de idade é de fundamental importância principalmente nos casos de crianças desaparecidas, pois com o passar dos anos, os rostos dos menores de idade sofrem modificações provocadas pelo processo natural de crescimento facial.

“A ideia principal de uma progressão de idade é divulgar para a sociedade, primeiramente, atentar-se ao fato de que tem uma criança desaparecida e que nunca foi encontrada. De repente, o vizinho de algum cidadão tem uma história um pouco diferente e ele tem alguma semelhança com essa pessoa desaparecida. A gente pede que a população ajude a identificar essas crianças. Depende muito de um apoio comunitário para fazer esse trabalho ter efetividade”, destaca Vitor. 

Conforme explica o artista forense, a progressão de algum desaparecido é solicitada pela delegacia responsável pela investigação do caso. A técnica é desenvolvida a partir de estudos que levam em consideração a face e traços da família daquele ente sumido, o padrão de crescimento dele e o estilo de vida que levava antes de desaparecer, por exemplo.

“Na hora de fazer a progressão, a gente vai colocar roupas mais adequadas para a situação que a pessoa estava vivendo, até a forma como penteava o cabelo vai influenciar nisso também. A gente leva tudo isso em consideração pra tentar adivinhar como essa pessoa está hoje, porque, por mais que usemos recursos científicos, de como o crescimento facial acontece, existem muitas variáveis, e a gente tenta imaginar o cenário mais perto do real para acertar na progressão dessa pessoa”, detalha o chefe do laboratório. 

Vitor ainda destaca que, além de fotos da pessoa desaparecida, fotografias dos parentes da pessoa também podem ajudar nos trabalhos do laboratório. “Infelizmente, a maioria desses pessoas é muito carente, então as imagens são muito escassas. Às vezes, a pessoa só tem uma foto 3 x 4 antiga. Nesse casos, fotos dos familiares também podem ajudar a fazer um estudo da fisionomia”, comenta. 

No entanto, em alguns casos, as famílias não autorizam mais a realização da progressão, pois ficam desacreditadas que podem reencontrar o ente algum dia.

“Tem muita família também que, depois de um tempo, não quer mais ser incomodada com esse assunto. Já tiveram algumas assim, porque sempre que a gente vai fazer uma atualização, entramos em contato com a família para saber se voltou, se autorizam fazermos uma nova imagem. E, assim, é grande o número de famílias que realmente já aceitaram a perda”, lamenta. 


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Protocolo de tratamento de pessoas desaparecidas

O Procedimento Operacional Padrão (POP) da PCDF, publicado em 18 de dezembro de 2023, objetiva agilizar diligências e investigações no intuito de localizar rapidamente as pessoas desaparecidas, além de protegê-las de situações de risco à integridade física e mental ou mesmo de se tornarem  vítimas de crimes.

O documento ainda tem a finalidade de padronizar e agilizar o trabalho policial em todas as delegacias de polícia nos casos de notícia de desaparecimento.

Assim, o registro de desaparecimento deve ser realizado imediatamente, independentemente do local onde a pessoa foi vista pela última vez. Essa mudança é importante para que as investigações sejam iniciadas o mais rápido possível.

Nos casos que envolvem crianças e adolescentes, o Conselho Tutelar também dever ser acionado. Se a pessoa desaparecida utilizava algum veículo, o Detran-DF pode ser consultado para rastreio. Havendo suspeita sobre o comunicante ou outro indivíduo, há a possibilidade do encaminhamento ao IML para a coleta de amostra de vestígios.

Programa de Localização e Identificação de Desaparecidos

O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) é responsável pelo Programa de Localização e Identificação de Desaparecidos (PLID), com atribuição para coletar informações de pessoas desaparecidas e/ou vítimas de tráfico de seres humanos, registrar no sistema nacional e promover ações de busca e identificação de pessoas desaparecidas.

A promotora de Justiça e coordenadora do Núcleo de Enfrentamento à Discriminação, Polyanna Silvares de Moraes Dias, explica que o cadastro é fundamental na busca ativa por pessoas desaparecidas e em potencial de desaparecimento.

“Uma família foi até a delegacia e registrou uma ocorrência policial de que o filho está desaparecido, e a delegacia fez o cadastramento no sistema nacional. Digamos que uma pessoa sem documento deu entrada no hospital e a equipe também fez esse registro no sistema por ela estar em potencial situação de desaparecimento. Na hora há um cruzamento de informações e o policial lá da delegacia vai poder falar pra família que provavelmente é o filho dela no hospital, e aí a gente vai viabilizar essa encontro pra tentar reconhecer essa pessoa”, exemplifica a promotora.

No entanto, na avaliação da promotora, não há um protocolo que preveja a participação de todos os atores do Estado nesse cadastro no sistema nacional, o que pode impactar na localização dessas pessoas desaparecidas.

“Hoje a porta de entrada principal pra esse cadastro é o Ministério Público. São as pessoas que vem até o MPDFT para solicitar esse registro. Eu entendo que o mais urgente hoje é que o GDF faça um esforço para organizar e efetivar  um protocolo transversal que trate mesmo da política do desaparecimento no Distrito Federal”, salienta.

A promotora de Justiça enfatiza a importância de conhecer o perfil das pessoas que desaparecem na capital e o motivo delas sumirem. “Sabendo desses dados, o Estado pode trabalhar melhor em políticas governamentais para combater e localizar de uma forma mais célere”, afirma.

Por isso, quando uma pessoa é encontrada, é preciso retornar à delegacia para que sejam colhidas informações sobre o sumiço. Esses dados auxiliam o Estado na construção de política pública e na elaboração de mecanismos de localização de outros desaparecidos.

Além do Plid, o MPDFT oferece um programa de acolhimento para familiares e amigos que vivem com a dor da ausência. O “Reconstruir vidas” proporciona rodas de conversas e escuta ativa para compreender cada situação e, assim, trabalhar da melhor forma para solucionar os casos.

Amber Alert

O programa Amber Alert é um sistema de alertas urgentes estabelecido nos Estados Unidos – e adotado pelo Brasil – que é ativado em alguns casos de rapto ou sequestro de crianças.

A plataforma foi criada em uma parceria do Ministério da Justiça com a Meta para auxiliar nas buscas. Este sistema dispara publicações nas plataformas da Meta para anunciar a descrição da criança sequestrada, além de descrições de qualquer indivíduo suspeito de envolvimento no crime.

Quando uma criança desaparece ou é sequestrada, o Amber Alerts é ativado e um comunicado especial é encaminhado às plataformas da Meta para publicar o alerta no raio de até 160km do local do fato ocorrido.

O projeto deve ser estendido para atender todo o território nacional de forma gradual. Por enquanto, o Amber Alert cobre apenas três unidades federativas: Ceará, Minas Gerais e Distrito Federal. Segundo a Meta, o sistema já é utilizado em 30 países.

Como ajudar

Caso alguém tenha informações sobre um desaparecido, entre em contato com a polícia pelo 197. O sigilo é absoluto. A PCDF também pode ser contatada pelo:

WhatsApp: (61) 98626-1197
E-mail: denuncia197@pcdf.df.gov.br
197 Denúncia On-line: www.pcdf.df.gov.br/servicos/197

 

Carro derruba poste e deixa moradores do Park Way sem energia por 7h

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Moradores do Park Way ficaram sem energia por mais de sete horas após um veículo colidir e derrubar um poste de iluminação pública da região na tarde deste sábado (2/3).

O Corpo de Bombeiros Militar do DF (CBMDF) foi acionado para atender a ocorrência por volta das 15h. O condutor do veículo foi encontrado desorientado no local.

Segundo a Neoenergia, o acidente causou a interrupção pontual de energia de alguns clientes da região.

“Nossas equipes estão no local e trabalham na substituição da estrutura, para normalização da situação com a maior brevidade possível. Vale ressaltar que esse é um serviço de alta complexidade”, informou a companhia.

Por volta das 23h o serviço de substituição da estrutura ainda não havia sido concluído. As quadras atingidas pela falta de energia foram a 26, 27, 28 e 29.

 

 

Idosa escreve carta de socorro e deixa 4 gatos em porta de veterinário

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O dono de uma clínica veterinária localizada na QNM 1 de Ceilândia foi surpreendido ao encontrar quatro gatos dentro de caixas de transporte, com uma carta escrita à mão, na porta do estabelecimento dele, na manhã deste sábado (2/3).

Os felinos foram abandonados por uma senhora não identificada durante a madrugada. Na carta deixada por ela, a idosa relata ter 90 anos e diz estar em uma “situação crítica”.

“Infelizmente hoje estou em uma situação crítica e de pouco espaço. Não consigo adoção porque [os gatos] já são adultos, então resolvi deixar aí para alguém conseguir uma família para eles. Por favor, alguém consiga um lar para eles. Obrigada”, escreveu a idosa na carta.

Veja imagens dos gatos: 


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Ao Metrópoles o veterinário e proprietário do Hospital Veterinário Animais DF, Luiz Alberto Gomes, contou que os gatos foram abandonados dentro de duas caixas. Além da carta de socorro, a ex-tutora também deixou um outro papel com informações sobre idade e nome de cada um deles.

“São quatro gatos. Duas fêmeas e dois machos. As idades deles variam entre 7 e 15 anos. Segundo consta na carta, os animais são castrados, mas ainda não estão vacinados”, detalhou Luiz.

Os felinos estão passando por exames de sangue e de imagem para averiguar o estado de saúde deles. “Tem um que está resfriado. Estamos esperando o resultado dos exames parar fazer o tratamento correto. Por enquanto, eles vão ficar em uma espécie de quarentena antes de colocarmos em um lar temporário”, comenta.

Apesar de ser uma clínica veterinária e realizar diversas ações sociais, o espaço não comporta hospedagem de animais. “Por enquanto, vamos dar todo o suporte para depois colocá-los para adoção”, diz o veterinário.

 

De acordo com o veterinário, o ideal seria que esses gatos fossem adotados por um mesmo tutor. “Pelo o que sabemos, eles sempre foram criados juntos e estão acostumados a viver assim. Separá-los agora poderia acarretar problemas de saúde neles”, explica.

Sensibilizado com o pedido de socorro da idosa, Luiz disse que optou por não registrar ocorrência policial em razão do abandono neste caso. “É sempre importante lembrar que abono de animais é crime. É importante que as pessoas se conscientizem e procurem ajuda para fazer uma doação legal”, orienta.

Caso alguém tenha interesse em adotar os quatro gatos ou ajudar com o tratamento deles, pode entrar em contato com a clínica pelo Instagram @animaisdf  ou pelo WhatsApp 61 3372-4033.

Gestantes internadas na Maternidade do HRSM ganham ensaio fotográfico

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Gerar uma nova vida é um momento único e especial para a mulher. São várias emoções, expectativas e sentimentos misturados. É uma fase que a maioria das gestantes quer desfrutar da melhor forma. No entanto, nem sempre é possível por questões de saúde para mãe e bebê. Para amenizar o período de internação e deixar lembranças especiais na memória de cada gestante internada, a equipe multidisciplinar da Maternidade do Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) proporcionou, na quinta-feira (29), um dia especial para elas, com direito a maquiagem, pintura gestacional e ensaio fotográfico.

Ensaio fotográfico reforça o atendimento humanizado a gestantes internadas no Hospital Regional de Santa Maria | Foto: Divulgação/IgesDF

“Cada gestante internada aqui conosco carrega uma história, com medos, traumas, dores, tristezas, mas também, alegrias, esperanças e sonhos. Devido à internação prolongada não conseguem fazer as etapas que concretizam a gestação, como, por exemplo, as fotos de gestante. Então, esses momentos são de extrema importância e significam muito para elas”, explica a chefe de Serviço de Enfermagem da Maternidade, Marília de Moraes Cunha.

“Nosso objetivo é ofertar um atendimento humanizado e de excelência. Por isso, nossa equipe trocou os instrumentos e terapias usuais por pincéis, escovas, chapinha e máquina fotográfica. E assim, juntas construímos lindas memórias”, completa.

“Eu amei as minhas fotos, já mandei para o meu esposo e minha família, que ficaram encantados”, diz Juliana Soares

Toda a equipe multidisciplinar, composta por psicólogas, terapeutas ocupacionais, enfermeiras, técnicas de enfermagem e assistentes sociais, se uniu para fazer as pinturas e fotos.

Segundo a psicóloga Elislaine Souza, a finalidade é promover a integralidade, contribuir para a percepção da imagem corporal e orientações referentes ao autocuidado no contexto de internação. Além de estimular o vínculo mãe-bebê, por meio de arteterapia (pintura na barriga).

“Visamos a diminuição dos impactos que podem ser desencadeados pela internação prolongada, distanciamento do contexto familiar, ruptura da rotina e fortalecer a interação entre paciente e familiares com a equipe multidisciplinar”, diz a psicóloga Sheileni Louzeiro.

Juliana Soares, de 35 anos, está internada no HRSM há mais de um mês. Ela está com 30 semanas à espera dos gêmeos Rael e Elisa. O parto está previsto para acontecer com 34 semanas e até lá ela segue internada porque está com bolsa rota e não pode ir para casa.

“A equipe proporcionar este momento tão especial foi espetacular. Elas fazem a diferença na vida de quem está aqui, muitas vezes triste por não poder estar com a família. Estão todas de parabéns pela linda iniciativa e pelo trabalho tão belo”
Vanessa Carvalho, mãe de Maria Eduarda, gestante internada no HRSM

“Eu achei tudo maravilhoso, gostei bastante, nem imaginei que tivesse a chance de fazer um ensaio desses aqui dentro do hospital. Foi um momento extremamente especial, pois estamos internadas aqui há tanto tempo. As meninas da equipe são superamorosas e cuidadosas com a gente, fizeram tudo com muito carinho. Eu amei as minhas fotos, já mandei para o meu esposo e minha família, que ficaram encantados”, relata a paciente.

Maria Eduarda Carvalho, de 18 anos, está internada há uma semana devido a uma infecção. Ela está gestante de 27 semanas do primeiro filho, Théo. Ela fez as fotos junto com a mãe, Vanessa Carvalho, que adorou a iniciativa da equipe.

“Amamos todas as fotos. A equipe proporcionar este momento tão especial foi espetacular. Elas fazem a diferença na vida de quem está aqui, muitas vezes triste por não poder estar com a família. Estão todas de parabéns pela linda iniciativa e pelo trabalho tão belo”, avalia Vanessa.

Segundo a terapeuta ocupacional da Maternidade, Kenia Daniel, ações como o ensaio fotográfico proporcionam um ambiente acolhedor e humanizado para as gestantes e seus familiares.

“Tudo isso possibilita melhoria na qualidade de vida, aumento da adesão aos tratamentos propostos, diminuição de estresse e sintomas ansiosos, ampliação de mecanismos de enfrentamento ao processo de hospitalização e fortalecimento de papéis ocupacionais”, destaca.

Ano bissexto

O HRSM teve um bebê que nasceu no dia 29 de fevereiro, em pleno ano bissexto. Trata-se do pequeno Joaquim Sousa Dias, filho de Thaís Dias, de 32 anos. O pequeno chegou ao mundo às 2h10, depois de uma cesárea de emergência, pois houve o descolamento de placenta e o garotinho nasceu prematuro, de 31 semanas. Ele está internado na UTI Neonatal.

“Ele estava previsto pra nascer só no final de abril, nunca pensei que nasceria em pleno dia 29 de fevereiro, em ano bissexto. Nos anos que não forem bissextos vamos comemorar no dia 1º de março”, afirma a mãe, internada na Maternidade do HRSM.

O registro no cartório já foi feito. “A data não muda, mesmo que seja em ano bissexto. O registro é feito com a data que nasceu”, explica a escrevente do Cartório do 4º Ofício do HRSM, Vanessa Alves.

*Com informações do IgesDF

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