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sábado, abril 20, 2024
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Banco de Perucas do HB: espaço para elevar a autoestima de pacientes

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DÉLIO ANDRADE
DÉLIO ANDRADEhttp://delioandrade.com.br
Jornalista, sob o Registro número 0012243/DF
Serviço da Rede Feminina beneficia mulheres que perderam o cabelo como efeito colateral da quimioterapia
Em um momento de fragilidade e medo como a luta contra um câncer, ver os cabelos caírem mexe com o emocional de qualquer mulher. Ajudar a resgatar a autoestima das pacientes é o objetivo da Rede Feminina, que se dedica, entre outras atividades, a confeccionar e a doar perucas no Hospital de Base. A instituição sem fins lucrativos produz, em média, 50 perucas por mês e consegue atender todas que procuram pelo produto.
Curta, longa, lisa, cacheada, colorida. Tem peruca para todos os gostos. A ideia é incentivar o amor-próprio de quem passa pelo tratamento de quimioterapia, que tem como um dos efeitos colaterais a queda de cabelo. Para pegar o acessório basta apresentar uma cópia da biópsia e fazer o cadastro no Banco de Perucas da Rede Feminina, no Corredor 5 do Ambulatório do HB, unidade administrada pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (Iges-DF).
“A gente sempre tem perucas no estoque, para a pessoa escolher a que prefere”, informa a voluntária Adriana Lúcia Assis. Se a paciente não gosta das opções disponíveis, pode encomendar. “Basta dizer como quer, e a gente dá um jeito de fazer”, garante a integrante da Rede Feminina.
Primeiro da rede pública do DF
O Banco de Perucas do Hospital de Base foi o primeiro instalado em um hospital público no Distrito Federal. O local abriu as portas em julho de 2019, com a entrega totalmente gratuita de perucas produzidas com fios naturais para mulheres em tratamento de câncer. O espaço também distribui lenços e toucas.
Cláudia de Souza, 47 anos, foi uma das beneficiadas. Depois de um mês sem querer sair de casa devido à queda de cabelo, ela ganhou uma nova perspectiva de vida ao descobrir o serviço da Rede Feminina. “Estava muito abalada com a perda dos cabelos, não queria fazer nada e decidi me isolar”, conta. “Uma das minhas médicas me falou da iniciativa das perucas no Hospital de Base, e fiquei encantada com a opção”, diz Cláudia, emocionada.
A dona de casa escolheu uma peruca que se assemelhava ao seu cabelo antigo. “Peguei uma castanha, da cor e do comprimento do meu cabelo antes de cair.” Com o novo acessório, Cláudia se sente mais forte para enfrentar a caminhada. “Foi um dia de renascimento. Agora vou conseguir fazer algumas coisas que estava evitando”, garante a dona de casa, submetida, até o momento, a duas sessões de quimioterapia no HB.
Novo espaço para o Banco de Perucas
As perucas são confeccionadas na casa da voluntária Tânia Alves. Além das madeixas doadas, ela usa touca capilar de redinha, material de costura, xampu e condicionador. Uma máquina de costura industrial reta é necessária para a produção. “É um aparelho mais potente, que permite costurar objetos mais volumosos, como os cabelos”, explica a costureira.

Em março, a confecção passará a ser feita no Hospital de Base, em um ateliê que será inaugurado no jardim da unidade, ao lado do salão de beleza também mantido pela Rede Feminina. A ideia é facilitar a preparação do acessório, já que o salão atende de graça pessoas interessadas em doar as madeixas. “Assim que o doador cortar e entregar o cabelo, a equipe do ateliê já pegará os fios e começará a preparar a peruca”, avisa a coordenadora da Rede, Vera Lúcia Bezerra.

 
Texto: Thaís Umbelino
Fotos: Davidyson Damasceno/Ascom Iges-DF
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