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Com ato na Praça dos 3 Poderes, mães pedem ajuda para repatriar filhos

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DÉLIO ANDRADE
DÉLIO ANDRADEhttp://delioandrade.com.br
Jornalista, sob o Registro número 0012243/DF

Um grupo de mães brasileiras cujos filhos estão “presos” em outros países, de oito meses a até dois anos, reuniram-se nesta quinta-feira (31/10) em frente ao Palácio do Planalto, sede do Poder Executivo federal, em uma tentativa de chamar a atenção das autoridades para a dificuldade de repatriação de menores de 18 anos.

O objetivo dessas mães, que vieram de diferentes partes do Brasil, é pressionar o governo brasileiro a fim de conseguirem trazer de volta crianças levadas pelos genitores para outros países. Após esgotadas as vias judiciais e diplomáticas, elas esperam ser recebidas pelo próprio presidente da República, na expectativa de encontrarem os filhos novamente.

“Já tentamos de tudo: o Judiciário, as embaixadas, o Itamaraty, o Senado e a Câmara [dos Deputados]. E seguimos a uma ligação de distância de nossos filhos”, declarou uma das mães, em pé, com uma faixa em mãos, na Praça do Três Poderes.

Saiba quem são elas:

  • Bianca Moreira Carneiro, 43 anos

As gêmeas Laila e Júlia estão desde 2022 no Líbano, país invadido por Israel e atualmente de bombardeios do Estado. Mesmo com a mãe das meninas conseguindo três oportunidades em um voo de repatriação para que as crianças e o genitor viessem para o Brasil, o ex-marido de Bianca ainda não saiu do país com as filhas.

  • Karin Rachel Aranha, 43 anos

A mãe de Adam conta que o genitor da criança, Ahmed Tarek Mohamed Fayz Abdelkalek, fugiu com o filho pela Ponte da Amizade, que liga o Brasil e o Paraguai, em 2022. O menino foi levado para o Egito, onde os dois moram desde então.

Naturalizado brasileiro, Ahmed Tarek tem um mandado de prisão emitido pela Justiça federal em São Paulo (SP) e o nome da criança consta na lista amarela de desaparecidos da Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol). Apesar disso, o genitor segue livre e com a custódia do menino.

  • Marcela Campos Padilha, 25 anos

Enzo foi concebido quando Marcela tinha 17 anos de idade, fruto de uma relação com um goiano que atualmente mora na Inglaterra. A jovem acreditou na promessa da família do genitor de dar amparo ao filho dos dois. Contudo, há oito meses, Marcela foi proibida de ter contato com a criança.

Atualmente, o menino vive com a avó paterna, Rosana Gomes, que, segundo reportagem da BBC na Inglaterra, é suspeita de integrar um esquema de prostituição e tráfico internacional de brasileiras para o Reino Unido.

  • Raquel Cantarelli, 35 anos

Raquel e as duas filhas, Júlia e Isabella, fugiram da Irlanda para o Rio de Janeiro (RJ) em 2019, após serem vítimas de violência doméstica e sexual cometida pelo genitor das crianças, ex-companheiro de Raquel.

Uma decisão da Justiça federal no Rio de Janeiro, porém, acatou um pedido do Judiciário irlandês que ordenou a volta das meninas para a casa do acusado. Devido ao andamento do processo, que envolve menores de 18 anos, a mãe preferiu não informar o nome do acusado.

Ela acrescentou, porém, que a decisão foi cumprida sem respeito aos prazos processuais da legislação brasileira. Agora, aguarda pelo julgamento do caso no Superior Tribunal de Justiça (STJ), que poderá reverter a determinação e reconhecer a guarda para Raquel.

Veja imagens do protesto das mães:

7 imagens

Mães fazem ato na Praça dos Três Poderes para cobrar repatriação dos filhos

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Hugo Barreto/Metrópoles (@hugobarretophoto)

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