O Tribunal do Júri de Sobradinho condenou Karine Gomes de Andrade (foto em destaque) a 18 anos de reclusão, em regime inicial fechado, pelo assassinato de Markelle Moreira, 36 anos. O crime aconteceu em julho de 2024, na Fercal.
Karine vai cumprir pena por homicídio qualificado e porte ilegal de arma de fogo. O júri reconheceu que a ré praticou o crime por motivo torpe e com recurso que dificultou a defesa da vítima.
Na data do crime, Karine efetuou diversos tiros de arma de fogo contra a vizinha, porque ela pediu à ré para retirar uma máquina que ocupava indevidamente o seu lote e a impedia de construir e usufruir da sua propriedade.
As investigações revelaram que as duas travavam uma discussão antiga sobre as áreas dos imóveis de cada uma. Karine tinha uma distribuidora de bebidas no próprio lote e teria instalado uma máquina condensadora de câmara fria no território que pertence a Markelle.
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Karine Gomes de Andrade
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Ela se entregou à 35ª Delegacia de Polícia (Sobradinho 2) cinco dias após o crime
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Suspeita entregou arma que teria sido usada no crime
PCDF/Divulgação
A vítima pedia constantemente que Karine retirasse o equipamento dali. Também há relatos sobre uma desavença na véspera da morte do crime, supostamente provocada por uma fiação da distribuidora que também passava pelo terreno da de Markelle.
Markelle, ante a necessidade de utilizar seu lote, levou adiante sua decisão de construir no espaço e para tanto retiraria o aparelho que invadia sua área. No dia dos fatos, quando deu início aos trabalhos, Karine apareceu e, mais uma vez, a vítima solicitou que ela retirasse o referido aparelho.
Irritada, Karine foi ao seu comércio, pegou uma arma e surpreendeu Markelle com vários tiros. A ré era colecionadora de armas e, nesse dia, portava um revólver sem autorização.
Imagens de câmeras de segurança flagraram o momento em que Karine se aproveitou da distração da vizinha, atirou e fugiu em uma caminhonete. Markelle foi levada para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Sobradinho 2, mas não resistiu.
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Na análise do processo, a juíza presidente do júri ponderou que a atitude da ré colocou em risco, além da vítima, os pedestres e ocupantes da localidade. A magistrada também falou das consequências do crime, que deixou uma criança de nove anos órfã de mãe.
Karine respondeu ao processo presa e não poderá recorrer da sentença em liberdade.
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Markelle Moreira foi morta a tiros pelas costas
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Vítima chegou a ser levada para Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) de Sobradinho 2, mas não resistiu
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Markelle Moreira deixa uma filha de 10 anos
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