Após a morte do empresário Ivan Bonotto, de 35 anos, e o início das investigações que culminaram na Operação Inimigo Íntimo, a Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso (PJCMT) descobriu que a médica ginecologista com quem a vítima teve um relacionamento foi até o hospital onde o homem estava internado e apagou várias evidências da relação entre os dois.
Em 22 de março, Ivan sofreu diversas perfurações de arma branca em uma distribuidora de bebidas no bairro Residencial Village, em Sorriso (MT). Ele morreu no mês seguinte. A PJCMT descobriu que a ginecologista e o marido dela estavam envolvidos no homicídio.
Veja imagens dos envolvidos:
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Sabrina Iara de Mello é médica ginecologista
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Gabriel Tacca é dono de uma distribuidora de bebidas
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O empresário Ivan Michel Bonotto tinha 35 anos
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Um dos vídeos aos quais a polícia teve acesso mostra Ivan e a médica Sabrina Iara de Mello (foto em destaque) se beijando na garagem de uma residência. Os dois estavam encostados em uma parede.
Após a troca de carícias, Ivan sobe em uma moto e até acena para a câmera de segurança. A médica permanece em pé, ao lado dele. Em seguida, ele vai embora.
Veja:
Participação da médica
Segundo a PJCMT, após a entrada de Ivan no hospital, a ginecologista chegou a ir à unidade de saúde se apresentando como “amiga” do paciente, mas com a intenção de utilizar a sua posição de médica para subtrair o celular e apagar evidências de que tanto ela quanto o marido o conheciam.
No período em que esteve com o celular, a mulher apagou mensagens, fotos e até mesmo um vídeo que a vítima tinha feito com ele.
Após três dias com o aparelho, a investigada entregou o celular à família da vítima. Ela disse que havia apagado alguns arquivos para proteger Ivan.
Entenda o caso
- Ivan foi esfaqueado durante uma briga na distribuidora de bebidas do amigo, Gabriel Tracca, que é casado com Sabrina.
- O crime foi cometido em março deste ano, em Sorriso, a 420 km de Cuiabá, cidade onde o casal residia.
- Gabriel seria o mandante do crime e contratou um homem identificado como Danilo Guimarães, que seria o executor do assassinato.
- No dia do ataque, as imagens do circuito de segurança que a polícia teve acesso mostra que a vítima foi esfaqueada pelas costas.
- Após o crime, o empresário foi socorrido e levado ao hospital. Em 13 de abril, ele teve uma parada cardiorrespiratória e não resistiu.
- Tanto Gabriel como Danilo prestaram depoimento na delegacia. O primeiro alegou legítima defesa, enquanto o amigo traído disse que não conhecia os envolvidos.
- Ao longo das investigações, porém, foi descoberto que as versões apresentadas pelos dois envolvidos eram falsas.
- Diante dos fatos, o delegado responsável pelas investigações, Bruno França, representou pelos mandados de prisão e busca e apreensão contra os suspeitos, que foram deferidos pela Justiça e cumpridos nessa terça-feira (15/7).
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A coluna Na Mira tenta localizar defesa de todos os envolvidos. O espaço segue aberto para posicionamentos.