Foco de uma intensa ofensiva da Polícia Civil do Rio de Janeiro (PCERJ), a facção criminosa Comando Vermelho (CV), sofreu mais um duro golpe. Investigadores que apuram um esquema de lavagem de dinheiro supostamente articulado pelo CV, cumpriram buscas em uma fazenda avaliada em R$ 5 milhões, em Resende, sul fluminense, na sexta-feira (16/5). Foram apreendidas dezenas de armas de fogo, joias, carros de luxo, pássaros exóticos em cativeiro e 10 cavalos de raça.
O imóvel, registrado em nome de um “laranja”, segundo a polícia, seria controlado pelo empresário Jonathan Ianovich, suspeito de lavar dinheiro para a facção criminosa. A ação é um desdobramento da operação que, na quarta-feira (14), revelou uma mansão de três andares, onde Ianovich vivia com a família na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio. No local, os policiais encontraram fuzis, US$ 18 mil em espécie e uma boate privativa com bloqueador de celular automático. O imóvel está avaliado em R$ 25 milhões.
As investigações apontam que Ianovich mantinha transações financeiras com Eduardo Bazzana, dono de um clube de tiros em Americana (SP), preso na segunda-feira (12) sob acusação de vender armas para o crime organizado. Segundo planilhas apreendidas, Bazzana teria movimentado R$ 1,6 milhão em um mês com a venda ilegal de munições e equipamentos bélicos, como:
- Pentes para fuzis AR-10 e AR-15: R$ 189 mil
- Munições para AK-47: R$ 505 mi
- Munições calibre .223: R$ 250 mil
Os investigadores afirmam que Bazzana repassava as armas a Josias Bezerra Menezes, conhecido como Oclinho, intermediário do Comando Vermelho.