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Campus Party: onde todos os grupos têm espaço para impulsionar ideias

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DÉLIO ANDRADE
DÉLIO ANDRADEhttp://delioandrade.com.br
Jornalista, sob o Registro número 0012243/DF

Até amanhã (22/6) ainda há muita programação e troca de experiências na Campus Party Brasil, como a final de League Of Legends, corrida de drones, workshops, além dos estandes.

Maurício de Morais, campuseiro e fundador da Comunidade Neurodivertidos – espaço criado para oferecer conteúdo psicoeducativo, científico e acessível sobre autismo, TDAH, entre outros -, compartilha que há ainda diversas atividades para os participantes do evento.

O fundador da Comunidade Neurodivertidos também conta que a Campus montou um espaço de descompressão isolado acusticamente com a possibilidade de ser mais escuro e confortável para que uma pessoa que esteja em estresse sensorial ou cognitivo possa se autorregular.

Isso porque, para pessoas neurodivergentes, a experiência é bastante desafiadora devido à alta carga sensorial — especialmente o barulho constante e a agitação do ambiente. Contudo, a vivência é extremamente gratificante.

“São cinco dias acampados em um local cheio, o que já é desgastante para qualquer autista. Para nós, que somos TDAH e estamos na diretoria da comunidade, o maior desafio tem sido a organização. Mas, apesar das dificuldades, está sendo um aprendizado gigantesco”, afirma Maurício.

Maurício de Morais e Filipe Freitas afirmam que participar da Campus Party é um desafio e aprendizado muito grandes

IA e software

Em um dos painéis deste sábado da Campus Party Brasil foi debatido o tema “como os agentes de IA estão interagindo com software”.

Davidson Gomes, fundador da Evolution – empresa que ajuda outras a acelerarem com agentes de inteligência artificial -, afirma que, no Brasil, pelo WhatsApp ser amplamente utilizado, “isso abriu caminho para um mercado crescente de automação, impulsionado pela popularização da IA”.

“À medida que os negócios crescem, as soluções precisam evoluir junto. Isso pode se tornar uma barreira para startups em expansão, por exemplo”, pondera.

Por outro lado, para quem está começando, essas ferramentas podem ser extremamente úteis. Elas otimizam processos, aumentam a produtividade e ajudam as equipes a focarem no que realmente importa.

Fundador da Evolution explicou como os agentes de IA estão interagindo com o software

Segundo ele, a inteligência artificial está num momento muito interessante. Hoje, muitos usuários estão montando rotinas automatizadas com ela — especialmente para geração de mídia e outras tarefas repetitivas. Essa tendência aponta para um futuro cada vez mais integrado entre IA, automação e o cotidiano dos negócios.

3 imagensDurante o evento, os participantes puderam entrar em experiências imersivasOs robôs são grandes protagonistas da Campus PartyFechar modal.1 de 3

Milhares de campuseiros de todo o país acampam na Arena BRB Mané Garrincha

Vinícius Schmidt/Metrópoles2 de 3

Durante o evento, os participantes puderam entrar em experiências imersivas

Vinícius Schmidt/Metrópoles3 de 3

Os robôs são grandes protagonistas da Campus Party

Vinícius Schmidt/Metrópoles

Cosplay

Tata, como é conhecida a apresentadora e entusiasta do universo cosplay, participa pela terceira vez da Campus Party. Ela destaca o cosplay como um hobby que, embora tenha custos elevados, é extremamente divertido e acolhedor. “O mais incrível é que pessoas de todas as idades fazem parte da comunidade. É um espaço realmente inclusivo.”

Moradora de Brasília, Tata poderia participar do evento sem precisar acampar, mas prefere viver a experiência completa. “Gosto muito de acampar. Mesmo morando aqui, faço questão de ficar no camping. Para mim, é uma diversão do começo ao fim”, afirma.

Tata apresenta o concurso Cosplay da Campus Party Brasil

Ela também ressalta a conexão entre os participantes, pois tem amigos de Campus Party espalhados por todos os estados. “A gente sempre se reencontra em cada edição, o que torna tudo ainda mais especial.”

IA e autismo

Ana Calixto é CEO da Raio X do Autismo, uma startup que atua no desenvolvimento de políticas assistivas voltadas para pessoas no espectro autista.

“Nós viemos expor por meio da Start BSB e ontem ficamos no estande da UnB, apresentando nosso trabalho. A Campus Party tem avançado no quesito inclusão. Estivemos aqui no ano passado e percebemos uma carência nesse aspecto. Por isso, sugerimos aos organizadores a criação de bancadas exclusivas para pessoas neurodivergentes”, explica Ana.

Para Ana Calixto, CEO da Raio X do Autismo, é preciso transformar dados em ações concretas

Ela ressalta que não basta apenas mostrar números — é preciso transformar dados em ações concretas. “Hoje, com a Raio X do Autismo, realizamos um mapeamento geral para entender como pessoas autistas estão se sentindo dentro desse ambiente. A experiência precisa ser adaptada, não apenas registrada.”

A startup faz diagnósticos personalizados para participantes no espectro autista, com o objetivo de tornar o evento mais acessível e confortável.

“Utilizamos uma plataforma SaaS com inteligência artificial, que processa os dados e gera relatórios por município. Por exemplo, conseguimos identificar que determinada cidade tem cerca de 500 autistas; e, com isso, orientar políticas específicas dentro dos padrões necessários para atendimento adequado”, garante.

Ana defende que o acolhimento e o diagnóstico precoce são fundamentais para o desenvolvimento pleno das pessoas no espectro autista, pois cada lacuna de oportunidade perdida pode comprometer o crescimento social dessas pessoas.

Segundo ela, se “não formos capazes de habilitá-las e prepará-las para o convívio e o trabalho, como esperar que consigam atuar em ambientes que não consideram suas necessidades?”.

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