De 6 de outubro a 1º de novembro, o Museu Vivo da Memória Candanga, entre as QEs 46, 58 e Iapi, recebe a Memória Migrante – Mostra Acervo Poético, um mergulho afetivo nas histórias de mulheres migrantes que ajudaram a construir Brasília. Em sintonia com o Dia Internacional da Pessoa Idosa, celebrado em 1º de outubro, a programação acessível e convidativa combina exposição sensorial com mais de 80 relatos em vídeo, o minidocumentário “Barraca de Memórias”, o espetáculo “Carrego O Que Posso, Faço Quintal Onde Dá”, além de vivências, oficinas de tricô, rodas de conversa e visitas mediadas com LIBRAS e audiodescrição.
No espaço expositivo, o público é acolhido por uma cenografia inspirada na intimidade do lar dessas mulheres, onde guardam objetos, histórias e também inspirado no tricô: fios, tramas e texturas criam um percurso de escuta e presença. As histórias coletadas em diferentes regiões do DF, reaparecem em vídeos, sons e objetos do cotidiano, valorizando a oralidade e a memória afetiva das pioneiras. O projeto conta com o apoio do Fundo de Apoio à Cultura (FAC) da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal.
“Para ouvir essas histórias e fazer ecoar a força de suas protagonistas, criamos a ‘Barraca de Memórias’, um ciclo itinerante de escuta que começou em 2023, que nada mais é do que o nome diz: uma barraca que conduz, troca, instiga e faz compartilhar memórias,” conta Maysa Carvalho, coordenadora artística.
Em dois anos, a iniciativa passou por Planaltina, Vila Planalto, Paranoá, Núcleo Bandeirante, Brazlândia, Candangolândia e Vila Telebrasília. “Estas regiões foram criadas antes da inauguração da cidade-capital e, também por isso, suas principais testemunhas. Foi ali que se estenderam os acampamentos dos operários e suas famílias, onde habitaram, riram, fizeram filhos, rezaram e, vejam só, onde também encontraram tempo para sonhar uma nova vida”.
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