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“Deusa do golpe” fingia ser roubada para tirar dinheiro de seguradoras

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“Deusa do golpe” fingia ser roubada para tirar dinheiro de seguradoras

Além das fraudes bancárias, Anna Karolina e Silva (foto em destaque), 37 anos, conhecida no submundo dos golpes digitais como “Deusa do golpe”, também aplicou outro tipo de estelionato.

A coluna Na Mira apurou que, em um curto período de tempo, a investigada contratava seguros contra roubo, furto e sequestro, nos quais o cliente receberia um valor predeterminado em caso de sinistro.

Em seguida, ela registrava ocorrências de roubo, simulando ter sido assaltada, e recebia o valor da indenização do seguro, além dos valores correspondentes aos supostos bens perdidos.

Operação

Anna Karolina e Silva foi presa preventivamente pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF). Ela foi apontada como a líder de um dos mais ousados esquemas de fraudes bancárias em atuação recente no país. Centenas de trabalhadores tiveram as contas bancárias “raspadas” pela golpista e seus comparsas.

Conhecida no submundo do crime como “Ryuk”, em referência ao Shinigami (o deus da morte no mangá Death Note), a fraudadora ganhou entre os investigadores o apelido de “Deusa do golpe” pelo nível de articulação e ousadia das ações que comandava.

Segundo as investigações, o bando operava com divisão clara de funções e usava técnicas avançadas de falsificação. O golpe começava com a utilização de documentos adulterados para substituir a biometria de clientes reais dentro das próprias agências bancárias.

Com isso, os criminosos obtinham acesso integral às contas das vítimas, efetuando:

  • empréstimos vultosos;
  • saques;
  • pagamentos de boletos;
  • transferências sucessivas.

Os prejuízos somam valores expressivos, tanto para clientes quanto para instituições financeiras.

Lavagem

Para dificultar o rastreamento, a organização pulverizava o dinheiro roubado entre diversas contas, incluindo as de pessoas sem vínculo direto com as fraudes. Também investia parte dos recursos em veículos registrados em nome de terceiros, uma estratégia clássica para mascarar a origem ilícita do patrimônio.

A ação integrou a fase final da Operação Liveness, conduzida pela Divisão de Análise de Crimes Virtuais (DCV/CORF) da PCDF, que desarticulou um núcleo interestadual responsável por adulterar biometrias, lavar dinheiro e desviar cifras milionárias de contas bancárias em todo o país.

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Foram cumpridos três mandados de busca e apreensão e um de prisão preventiva, todos expedidos pelo Judiciário do Distrito Federal. As diligências ocorreram simultaneamente no DF, Rio de Janeiro e em Goiás.

Durante as buscas, foram recolhidos celulares, documentos, mídias eletrônicas e provas digitais diversas. O material será analisado por peritos da DCV/CORF para identificar novos envolvidos, rastrear fluxos de dinheiro e localizar outras vítimas.

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