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Influenciadores torram milhões com “cachê da desgraça alheia”. Entenda

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DÉLIO ANDRADE
DÉLIO ANDRADEhttp://delioandrade.com.br
Jornalista, sob o Registro número 0012243/DF

A “cláusula de desgraça alheia”, também conhecida como “cachê da desgraça alheia”, é uma expressão usada para descrever contratos de influenciadores digitais com empresas de apostas on-line. Essa era uma das fontes de renda dos 14 influenciadores alvos da Operação Desfortuna, conduzida pela Polícia Civil do Rio de Janeiro (PCERJ), nesta quinta-feira (7/8).

O grupo teria movimentado mais de R$ 4 bilhões com o chamado Jogo do Tigrinho. O esforço é mínimo, mas a grana entra fácil na contas dos influenciadores, segundo as investigações de policiais da Delegacia de Combate às Organizações Criminosas e à Lavagem de Dinheiro (DCOC-LD). Alguns deles faturam alto com o que ficou conhecido como “cláusula da desgraça alheia”, onde levam um percentual a partir da perda dos seus apostadores que se cadastram na plataforma com os links divulgados por quem deveria influenciar positivamente na vida dos seguidores.

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Segundo a polícia, o grupo investigado movimentou R$ 40 milhões nos últimos dois anos com a divulgação dos jogos de azar. Com os ganhos, os influenciadores gostavam de ostentar em viagens internacionais, jatinhos, carros de luxo e mansões.

Veja imagens dos alvos da operação:

6 imagensGato PretoDJ BuarqueMauricio Martins Junior, conhecido como MaumauApreensões na casa de MaumauOperação DesfortunaFechar modal.1 de 6

Bia Miranda

Reprodução / Redes sociais2 de 6

Gato Preto

Reprodução / Redes sociais3 de 6

DJ Buarque

Reprodução / Redes sociais4 de 6

Mauricio Martins Junior, conhecido como Maumau

Reprodução / Redes sociais5 de 6

Apreensões na casa de Maumau

Reprodução / Redes sociais6 de 6

Operação Desfortuna

Reprodução / Redes sociais

Faturamento ilícito

O valor tem como base relatórios de inteligência financeira do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), que identificaram transações ligadas a um esquema de promoção ilegal de jogos de azar on-line, com indícios de lavagem de dinheiro e formação de organização criminosa.

Entenda o caso:

  • A operação ocorre na manhã desta quinta-feira (7/8), nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais.
  • De acordo com a PCERJ, os investigados publicavam conteúdos nas redes com promessas falsas de lucros fáceis, atraindo seguidores para as plataformas ilegais.
  • Os influenciadores fariam parte de uma estrutura organizada, com funções bem definidas entre divulgadores, operadores financeiros e empresas de fachada.
  • A investigação também é uma parceria com o Gabinete de Recuperação de Ativos (GRA) e o Laboratório de Tecnologia Contra Lavagem de Dinheiro (Lab-LD).

Enriquecimento ilícito e movimentações milionárias

Durante o inquérito, os policiais identificaram sinais de enriquecimento incompatível com a renda declarada pelos influenciadores. Eles ostentavam, nas redes sociais, viagens internacionais, veículos de luxo e imóveis de alto valor.

Além da divulgação dos jogos ilegais, os envolvidos são suspeitos de usar uma rede empresarial para ocultar a origem ilícita dos valores obtidos, o que caracteriza lavagem de dinheiro.

As investigações também identificaram conexões entre alguns influenciadores e pessoas com antecedentes ligados ao crime organizado, o que aumenta o nível de complexidade do caso.

O influenciador digital Mauricio Martins Junior, conhecido como Maumau, foi preso em flagrante nesta quinta-feira (7/8) após policiais civis encontrarem uma arma.

A coluna Na Mira tenta localizar defesa os alvos da Operação Desfortuna. O espaço segue aberto para posicionamentos.

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