Em 2023, até essa segunda-feira (30/10), o Distrito Federal registrou 39 casos de mortes por mal súbito — 178,5% a mais do que as notificadas ao longo do ano passado. Na Secretaria de Saúde (SES-DF), ocorrências do tipo são registradas como “óbitos súbitos de origem cardíaca”.
Em todo 2022, a pasta notificou 14 casos, contra sete em 2021 e 15 no ano anterior. Os dados constam no Portal InfoSaúde.
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De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), doenças cardiovasculares são algumas das principais causas de mortes no Brasil. Segundo a instituição, a maioria dos óbitos poderiam ser evitados ou postergados com cuidados preventivos e medidas terapêuticas
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Para a SBC, a prevenção e o tratamento adequado dos fatores de risco e das doenças do coração podem ser o suficientes para reverter quadros graves. Para isso, é necessário saber identificar os principais sintomas de problemas cardiovasculares e tratá-los, caso apresente algum deles
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Dentre as doenças cardiovasculares que mais fazem vítimas fatais, o Acidente Vascular Cerebral (AVC) se destaca. Ele é causado devido à presença de placas de gordura que entopem os vasos sanguíneos cerebrais. Entre os sintomas estão: dificuldade para falar, tontura, dificuldade para engolir, fraqueza de um lado do corpo, entre outros
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A arteriosclerose é uma doença provocada pelo endurecimento das artérias que levam oxigênio e nutrientes do coração para o corpo. A condição prejudica o fluxo sanguíneo e faz com que o paciente sinta fraqueza, fadiga e dores no peito. Além de estar relacionada com o processo de envelhecimento, a doença pode ser causada por colesterol alto, genética, diabetes e hipertensão
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A cardiomiopatia é outra grave doença que acomete o coração. A enfermidade, que deixa o músculo cardíaco inflamado e inchado, pode enfraquecer o coração a ponto de ser necessário realizar transplante. Entre os sintomas da doença estão: fraqueza frequente, inchaços e fadiga
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O infarto do miocárdio acontece quando o fluxo sanguíneo no músculo miocárdio é interrompido por longo período. A ausência do sangue na região pode causar sérios problemas e até a morte do tecido. Obesidade, cigarro, colesterol alto e tendência genética podem causar a doença. Entre os sintomas estão: dor no peito que dura 20 minutos, formigamento no braço, queimação no peito, etc.
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Uma das doenças do coração mais comuns, e grave é a insuficiência cardíaca. Ela é caracterizada pela incapacidade do coração de bombear o sangue para o organismo. A enfermidade provoca fadiga, dificuldade para respirar, fraqueza, etc. Entre as principais causas da enfermidade estão: infecções, diabetes, hábitos não saudáveis, etc.
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A doença arterial periférica, assim como a maioria das doenças do coração, é provocada pela formação de placas de gordura e outras substâncias nas artérias que levam o sangue para membros inferiores do corpo, como pés e pernas. Colesterol alto e tabagismo contribuem para o problema. Entre os sintomas estão: feridas que não cicatrizam, disfunção erétil e inchaços no corpo
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Causada por bactérias, fungos ou vírus de outras partes do corpo que migram para o coração e infeccionam o endocárdio, a endocardite é uma doença que pode causar calafrios, febre e fadigas. O tratamento da doença dependerá do quadro do paciente e, algumas vezes, a cirurgia pode ser indicada
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Causada devido à inflamação de outros músculos cárdicos, a miocardite pode causar enfraquecimento do coração, frequência cardíaca anormal e morte súbita. Dores no peito, falta de ar e batimentos cardíacos anormais são alguns dos principais sintomas
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Além dos sintomas comuns de cada uma das doenças cardiovasculares, cansaço excessivo sem motivo aparente, enjoo ou perda do apetite, dificuldade em respirar, inchaços, calafrio, tonturas, desmaio, taquicardia e tosse persistente podem ser sinais de problemas no coração
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Segundo a cartilha de Diretriz de Prevenção Cardiovascular da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), apesar de alguns casos específicos, é possível prevenir problemas no coração mantendo bons hábitos alimentares, praticando exercícios físicos e cuidando da mente
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A Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas (Sobrac) define o mal súbito como “morte instantânea, inesperada, repentina e não acidental”, na maioria das vezes, de origem cardíaca.
Ainda de acordo com a Sobrac, qualquer pessoa está sujeita a passar por um. Geralmente, o ocorrido fenômeno está associado a dois tipos de miocardiopatia:
Hipertrófica: quando há aumento no tamanho do músculo cardíaco, o que causa arritmia; e
Displasia arritmogênica do ventrículo direito: quando as células do músculo cardíaco morrem e são substituídas por células gordurosas, sem relação com a alimentação.
Adolescente tem mal súbito em jogo de futebol e morre no Lago Norte
Ainda segundo a sociedade, um mal súbito pode ser reversível na maioria das vezes, desde que o atendimento ocorra rapidamente, com um choque elétrico aplicado no tórax — procedimento conhecido como desfibrilação ou por meio de massagens manuais de ressuscitação.
A Sobrac destaca que a morte por mal súbito não é inevitável. Porém, poucas tentativas de ressuscitação são bem-sucedidas após 10 minutos, pois, a partir de três, o cérebro começa a sofrer danos.